Fortificados

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Braaay

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Sommelier

O que são vinhos fortificados?

Vinhos fortificados são aqueles em que a fermentação alcoólica é interrompida pela adição de aguardente vínica ou outro destilado neutro, elevando o teor alcoólico e preservando parte dos açúcares naturais da uva.

Essa técnica, desenvolvida originalmente para aumentar a estabilidade dos vinhos em viagens marítimas, resultou em estilos icônicos. Entre os mais conhecidos estão o Porto (Portugal), o Jerez (Espanha), o Madeira (Ilha da Madeira) e o Vinho do Porto Branco ou Moscatel de Setúbal.

Cada um apresenta identidade própria: alguns são doces e frutados, outros secos e oxidativos, podendo variar muito em estrutura, intensidade aromática e potencial de guarda. A fortificação cria vinhos potentes, com equilíbrio entre álcool, doçura e complexidade aromática.

Fortificados x Vinhos de Colheita Tardia

Embora ambos possam apresentar dulçor, fortificados e vinhos de colheita tardia diferem no método de produção.

Nos fortificados, como Porto ou Jerez, adiciona-se aguardente vínica durante a fermentação, interrompendo o processo e preservando açúcares residuais de forma controlada, além de elevar o teor alcoólico.

Já nos colheita tardia (Late Harvest), a concentração de açúcares ocorre naturalmente pela sobrematuração ou desidratação das uvas no vinhedo; a fermentação cessa sozinha quando as leveduras não resistem mais ao nível de açúcar/álcool.

Assim, o fortificado tende a ser mais alcoólico e estruturado, enquanto o Late Harvest prioriza a doçura natural da fruta, frescor e acidez equilibrada.

Onde entram os vinhos licorosos

Os vinhos licorosos, como o licor de Tannat produzido no sul do Brasil e no Uruguai, são uma variação dentro da categoria de vinhos fortificados doces como o Licor de Tannat da Familia Deicas (Uruguai).

Assim como no Vinho do Porto, a fermentação é interrompida pela adição de destilado vínico, preservando açúcares naturais da uva.

A diferença está no estilo e nas uvas utilizadas: enquanto os clássicos europeus usam castas tradicionais (Touriga Nacional, Palomino, Malvasia, entre outras), os licorosos da América do Sul exploram variedades locais, como o Tannat, imprimindo tipicidade regional.

Na prática, eles compartilham a mesma lógica dos fortificados, mas seu caráter é mais robusto, com maior carga tânica e aromas intensos de fruta madura, chocolate e especiarias.